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O conhecimento desinteressado

  • Vicente Cevolo
  • 11 de fev. de 2019
  • 1 min de leitura

Todo conhecimento real, efetivo, é necessariamente desinteressado. Todavia, seria ridículo associar o “desinteresse” envolvido na construção do legítimo conhecimento à ausência completa de qualquer interesse que a impulsione. Nesse caso, desinteressado não significa de forma alguma que o sujeito cognoscente, implicado no ato de conhecer, para conhecer guie-se indiferente ao apetite da ambição, desprendido, sem interesse por absolutamente nada. Quando se diz que o genuíno conhecimento é desinteressado, quer-se dizer com isso que o que o anima realmente não são os interesses rotineiros, mas um único interesse: alcançar a verdade. Nesse sentido, quando nos valemos do nosso saber para acumular níqueis, ou, então, quando frequentamos as fileiras da universidade apenas tendo em vista a obtenção de faustosos títulos acadêmicos, o que nos guia é, respectivamente, a vantagem financeira e a estabilidade de carreira, interesses convencionais, que nos dispersão do interesse único envolvido no autêntico ato de conhecer que é a busca da verdade. Quem conhece não o faz aspirando obter isso ou tencionando conquistar aquilo; não existe conhecer para... Conhece-se simplesmente.








 
 
 

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