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  • Heloísa de Paula Oliveira
  • 19 de dez. de 2018
  • 1 min de leitura

Samuel Beckett (L. Pastorovic)



E no momento da dor O agir irracional A fissura na pele Do sofredor passional


Uma gota de sangue se escorre A amargura das dores se confundem A lágrima dos prantos pelo rosto corre E no seu coração os sentimentos se fundem


O misto de medo, ódio, insegurança e angústia Dentro do peito torna-se um nó É triste ver seu amargor O sofrer de quem se quer tornar pó

A escuridão a corrói O breu do qual espreitam seus medos Dos que dão lugar a angústia e por fim a fazem querer partir universo afora

O vazio a preenche O vácuo da solidão Sofrimento de um ser iminente Que sente seu corpo como o próprio caixão

Entre muros e parede

ela se sufoca

O ar dos pulmões aos poucos se extingue E a multidão a sua volta não passa de sombras de natureza oblíqua

É como se caminhasse em direção ao fim Abrindo caminho por entre as almas pútridas que vagam pelo corredor da morte



 
 
 

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